Dr. Saulo Alves

Quem é responsável por cuidar desses pacientes?

Na parte médica o responsável se torna o Médico do Esporte. Ele quem vai analisar o paciente e indicar o melhor tratamento contendo atividade física, suplementações, reposições de vitaminas, minerais e antioxidantes, além de reposições hormonais quando necessárias.

Dr. Saulo Alves é Médico do Esporte em Porciúncula-RJ e dono da clínica VITATIV uma clínica especializada em Emagrecimento, Performance, Saúde e Bem Estar. Um espaço moderno e aconchegante onde você irá encontrar tudo o que precisar para uma vida longa e saudável.

1.Introdução 

A massa muscular é o conjunto de tecidos que compõem os músculos esqueléticos, responsáveis pela movimentação do corpo humano. 

A massa muscular representa cerca de 40% do peso corporal total e é formada por diferentes tipos de fibras musculares, que variam em tamanho, forma, função e propriedades metabólicas. 

A massa muscular é dinâmica e adaptável, podendo aumentar ou diminuir em resposta a diversos estímulos, como exercício físico, alimentação, hormônios, doenças e envelhecimento.

A massa muscular tem um papel fundamental na saúde e na qualidade de vida das pessoas, pois influencia diversos aspectos fisiológicos, funcionais, metabólicos e psicológicos. 

Ela contribui para a regulação do metabolismo energético, a manutenção da homeostase dos sistemas endócrino e imunológico, a proteção da saúde óssea, a prevenção e o tratamento de doenças crônicas, a melhoria da função física e do desempenho atlético, o retardamento do envelhecimento e a promoção do bem-estar e da autoestima.

2.Justificativa da relevância do estudo 

O estudo da importância do ganho e manutenção da massa muscular para a saúde e qualidade de vida é relevante por vários motivos.

  1. Primeiramente, porque a massa muscular está em constante queda com o avançar da idade, devido a fatores genéticos, hormonais, nutricionais e ambientais. 

Esse processo é conhecido como sarcopenia e está associado à perda de força, resistência, equilíbrio, mobilidade e independência funcional dos idosos. 

A sarcopenia afeta cerca de 10% das pessoas com mais de 60 anos e 50% das pessoas com mais de 80 anos, aumentando o risco de fragilidade, incapacidade, dependência, quedas, fraturas e mortalidade.

  1. Em segundo lugar, porque a massa muscular está relacionada à prevenção e ao tratamento de diversas doenças crônicas que afetam milhões de pessoas no mundo todo. 

A massa muscular está inversamente correlacionada com o risco metabólico de desenvolver doenças como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia (alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos), síndrome metabólica (conjunto desses fatores de risco), doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral), osteoporose (perda de massa óssea) e câncer (principalmente de mama, cólon e próstata). 

A massa muscular também está diretamente correlacionada com a melhora da resposta ao tratamento dessas doenças, reduzindo as complicações e aumentando a sobrevida dos pacientes.

  1. Em terceiro lugar, porque a massa muscular está associada à melhoria da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas em todas as faixas etárias. 

A massa muscular está positivamente correlacionada com os aspectos físicos, mentais e emocionais da qualidade de vida. A massa muscular melhora o humor, a ansiedade, a depressão, o estresse, o sono, a cognição, a memória e o aprendizado. 

3.O Papel da massa muscular 

A massa muscular tem um papel importante, pois é responsável por cerca de 20% a 30% do gasto energético total do organismo. A massa muscular também é o principal tecido que utiliza a glicose como fonte de energia, contribuindo para a manutenção do açúcar no sangue e da sensibilidade à insulina. 

Além disso, a massa muscular é o principal local de armazenamento do glicogênio, que é a forma de reserva de glicose no corpo. 

O glicogênio muscular pode ser utilizado para suprir as necessidades energéticas durante o exercício físico ou em situações de jejum prolongado.

4.Influência da massa muscular na saúde do osso 

A massa muscular influencia a saúde do osso de duas formas principais: pela estimulação mecânica e pela produção de fatores hormonais.

A estimulação mecânica ocorre quando os músculos se contraem e geram forças de tração e compressão sobre os ossos, estimulando a atividade dos osteoblastos (células formadoras de osso) e inibindo a atividade dos osteoclastos (células destruidoras de osso). 

A produção de fatores hormonais e parácrinos ocorre quando os músculos liberam substâncias que atuam diretamente sobre os ossos ou indiretamente através de outros órgãos, como o fígado e o rim. Alguns exemplos desses fatores são o IGF-1, a leptina, a interleucina-6 e a miostatina.

5.Impacto na composição corporal e controle do peso 

A massa muscular impacta na composição corporal e no controle do peso, pois determina o nível de metabolismo basal do organismo. 

O metabolismo basal é a quantidade mínima de energia necessária para manter as funções vitais do corpo em repouso. Quanto maior a massa muscular, maior é o metabolismo basal e maior é o gasto energético diário.

Isso significa que pessoas com mais massa muscular tendem a ter mais facilidade para manter ou perder peso, pois queimam mais calorias mesmo sem fazer atividade física. 

Por outro lado, pessoas com menos massa muscular tendem a ter mais dificuldade para manter ou perder peso, pois queimam menos calorias mesmo fazendo atividade física.

6. Relação com a função física e desempenho atlético 

A massa muscular está diretamente relacionada com a função física e o desempenho atlético, pois determina a capacidade de gerar força, potência, velocidade e resistência muscular. 

A força muscular é a capacidade de vencer uma resistência externa aplicada sobre o músculo. A potência muscular é a capacidade de gerar força em um curto espaço de tempo. A velocidade muscular é a capacidade de contrair e relaxar o músculo rapidamente. A resistência muscular é a capacidade de manter um determinado nível de força por um período prolongado. 

Essas capacidades são essenciais para realizar as atividades básicas e instrumentais da vida diária, como se levantar, se vestir, se alimentar, se locomover, carregar objetos, subir escadas etc.

Essas capacidades também são fundamentais para melhorar o desempenho em diferentes modalidades esportivas, como corrida, ciclismo, natação, futebol, vôlei etc.

7.Efeitos do envelhecimento na massa muscular 

O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações biológicas, psicológicas e sociais no organismo humano. Uma das principais alterações biológicas é a perda progressiva da massa muscular com o avançar da idade, conhecida como sarcopenia. 

A sarcopenia é causada por diversos fatores, como redução da síntese proteica, aumento da degradação proteica, diminuição da atividade física, alterações hormonais, inflamação crônica, estresse oxidativo, doenças associadas etc. 

A sarcopenia leva à diminuição da força, da potência, da velocidade e da resistência muscular, comprometendo a função física, a mobilidade, a independência funcional e a qualidade de vida dos idosos. A sarcopenia também aumenta o risco de quedas, fraturas, incapacidade, dependência, morbidade e mortalidade nos idosos.

8.Exercício físico e treinamento de força 

O exercício físico é um dos principais fatores que influenciam a massa muscular, pois é capaz de induzir adaptações morfológicas, funcionais e metabólicas nos músculos esqueléticos. 

O exercício físico pode ser classificado em aeróbico ou anaeróbico, dependendo da forma como o oxigênio é utilizado para gerar energia durante a atividade. 

O exercício aeróbico é aquele que utiliza predominantemente o oxigênio como fonte de energia, como por exemplo, a corrida, o ciclismo e a natação. 

O exercício anaeróbico é aquele que utiliza predominantemente outras fontes de energia que não dependem do oxigênio, como por exemplo, o treinamento de força ou musculação.

O treinamento de força é o tipo de exercício físico mais eficaz para promover o ganho e a manutenção da massa muscular, pois provoca um estresse mecânico e metabólico nos músculos, estimulando a síntese proteica e a hipertrofia muscular. 

O treinamento de força consiste na realização de exercícios com resistência externa (pesos livres, máquinas, elásticos etc.), que exigem uma contração muscular voluntária para vencer ou controlar essa resistência. 

O treinamento de força pode ser realizado com diferentes intensidades (carga), volumes (número de séries e repetições), frequências (número de sessões por semana), durações (tempo total da sessão), velocidades (tempo de contração e relaxamento do músculo) e tipos (isométrico, isotônico, isocinético etc.) de exercícios.

O treinamento de força deve ser prescrito e orientado por um profissional de educação física qualificado, que deve levar em conta as características individuais, os objetivos e as necessidades de cada pessoa. 

O treinamento de força deve ser realizado com segurança, respeitando os princípios do treinamento desportivo, como individualidade biológica, sobrecarga progressiva, especificidade, reversibilidade e variabilidade. 

O treinamento de força deve ser acompanhado de uma alimentação adequada e um descanso adequado entre as sessões, para garantir a recuperação e a adaptação muscular.

9.Alimentação e adequação nutricional 

A alimentação é outro fator que influencia a massa muscular, pois fornece os nutrientes necessários para o crescimento, a manutenção e o reparo dos tecidos musculares. 

A alimentação deve ser equilibrada, variada e suficiente em quantidade e qualidade, atendendo às necessidades energéticas e nutricionais de cada pessoa. A alimentação deve conter todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais) essenciais para o metabolismo muscular.

Os carboidratos são a principal fonte de energia para o organismo e para os músculos durante o exercício físico. 

Os carboidratos são armazenados nos músculos e no fígado na forma de glicogênio, que pode ser rapidamente mobilizado para gerar glicose quando há demanda energética. 

Os carboidratos também poupam as proteínas do catabolismo (degradação) muscular durante o exercício físico. 

As proteínas são os principais componentes estruturais dos músculos e são formadas por aminoácidos. Elas são responsáveis pela síntese proteica e pela hipertrofia muscular após o exercício físico. 

As proteínas também participam de diversas reações metabólicas e enzimáticas relacionadas ao metabolismo muscular. 

A recomendação de ingestão de proteínas para pessoas que praticam treinamento de força é de 1,6 a 1,8 gramas por quilograma de peso corporal por dia.

Os lipídios são fontes de energia de alta densidade calórica e são importantes para a síntese de hormônios anabólicos, como a testosterona. Eles também fornecem ácidos graxos essenciais, que são necessários para a integridade das membranas celulares e para a modulação da inflamação. 

A preferência deve ser pelos lipídios insaturados, como os encontrados nos óleos vegetais, nas oleaginosas, nos peixes e no abacate.

A adequação nutricional também envolve a ingestão adequada de água e de eletrólitos, que são fundamentais para a hidratação e para o equilíbrio osmótico e ácido-básico do organismo. 

A desidratação e a perda de eletrólitos podem comprometer o desempenho físico, a função muscular e a saúde em geral. 

A recomendação de ingestão de água para pessoas que praticam treinamento de força é de 35 a 40 mililitros por quilograma de peso corporal por dia. 

A recomendação de ingestão de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, magnésio e cloro) depende da perda pelo suor, que varia conforme a intensidade, a duração e as condições ambientais do exercício físico.

A adequação nutricional também pode envolver o uso de suplementos alimentares, que são produtos destinados a complementar ou suprir as necessidades nutricionais de pessoas saudáveis. 

Os suplementos alimentares podem conter nutrientes isolados ou combinados, como carboidratos, proteínas, aminoácidos, creatina, cafeína, vitaminas, minerais etc. 

Os suplementos alimentares podem ter diferentes objetivos, como fornecer energia, estimular a síntese proteica, aumentar a força, melhorar o desempenho, reduzir o cansaço, acelerar a recuperação etc.

O uso de suplementos alimentares deve ser orientado por um nutricionista ou um médico, que deve avaliar as necessidades, os benefícios e os riscos de cada pessoa. 

Seu uso deve ser baseado em evidências científicas e em critérios técnicos. O uso de suplementos alimentares não substitui uma alimentação equilibrada e variada. 

O uso indiscriminado ou inadequado de suplementos alimentares pode causar efeitos adversos ou interações medicamentosas.

10.Aumento da produção de hormônios anabólicos 

O aumento da massa muscular também está relacionado com o aumento da produção de hormônios anabólicos, que são substâncias que estimulam o crescimento e a regeneração dos tecidos do corpo, especialmente dos músculos. Os principais hormônios anabólicos são a testosterona, o hormônio do crescimento (GH) e o fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1).

A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, que é produzido nos testículos e no córtex adrenal. A testosterona é responsável pelas características sexuais secundárias masculinas, como o aumento da massa muscular, da força, da densidade óssea, da libido e da agressividade. A testosterona também estimula a síntese proteica e a hipertrofia muscular, aumentando o número e o tamanho das fibras musculares.

O GH é um hormônio peptídico que é produzido na glândula pituitária anterior. O GH é responsável pelo crescimento de vários tecidos do organismo, como os ossos, os órgãos internos e os músculos. O GH é um potente hormônio anabólico que influencia o aumento da massa muscular, ao estimular a síntese proteica, a captação de aminoácidos pelos músculos e a liberação de ácidos graxos livres para serem usados como fonte de energia.

O IGF-1 é um hormônio peptídico que é produzido principalmente no fígado, sob ação do GH. O IGF-1 tem uma estrutura semelhante à insulina e atua como um mediador dos efeitos do GH sobre os tecidos-alvo. O IGF-1 tem um papel importante na regulação do metabolismo e do crescimento celular, especialmente dos músculos. O IGF-1 estimula a proliferação e a diferenciação das células musculares satélites, que são responsáveis pela regeneração muscular após lesões ou exercícios.

O aumento da massa muscular pode aumentar a produção desses hormônios anabólicos de forma natural, ao estimular os mecanismos de retroalimentação positiva entre eles. Por exemplo, o aumento da massa muscular aumenta a produção de testosterona, que por sua vez aumenta a produção de GH e IGF-1, que também aumentam a massa muscular. Além disso, o exercício físico também pode aumentar a produção desses hormônios anabólicos de forma aguda ou crônica, dependendo da intensidade, duração e frequência do treinamento.

11.Prevenção de doenças crônicas 

A massa muscular tem implicações para a saúde e qualidade de vida, pois está envolvida na prevenção de doenças crônicas que afetam milhões de pessoas no mundo todo. 

A massa muscular está inversamente correlacionada com o risco metabólico de desenvolver doenças como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia (alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos), síndrome metabólica (conjunto desses fatores de risco), doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral), osteoporose (perda de massa óssea) e câncer (principalmente de mama, cólon e próstata). 

A massa muscular também está diretamente correlacionada com a melhora da resposta ao tratamento dessas doenças, reduzindo as complicações e aumentando a sobrevida dos pacientes.

12.Envelhecimento saudável e independência funcional 

A massa muscular tem implicações para a saúde e qualidade de vida, pois está envolvida no envelhecimento saudável e na independência funcional dos idosos. O envelhecimento saudável é definido como o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na velhice. 

A capacidade funcional é definida como o conjunto de habilidades que permitem às pessoas serem e fazerem o que elas consideram importante. A independência funcional é definida como a capacidade de realizar as atividades básicas e instrumentais da vida diária sem ajuda ou supervisão de outras pessoas. 

A massa muscular contribui para o envelhecimento saudável e a independência funcional ao preservar ou melhorar a força, a potência, a velocidade e a resistência muscular, permitindo aos idosos realizar as atividades que eles consideram importantes para o seu bem-estar.

13.Melhoria da qualidade de vida e bem-estar 

A massa muscular tem implicações para a saúde e qualidade de vida, pois está envolvida na melhoria da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas em todas as faixas etárias. 

A qualidade de vida é definida como a percepção que as pessoas têm sobre a sua posição na vida no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais elas vivem e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. 

O bem-estar é definido como um estado subjetivo que reflete o grau em que uma pessoa se sente satisfeita ou insatisfeita com vários aspectos da sua vida. A massa muscular contribui para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar ao afetar positivamente os aspectos físicos, mentais e emocionais das pessoas. 

A massa muscular melhora:

  • o humor
  • a ansiedade
  •  a depressão
  •  o estresse
  •  o sono
  •  a cognição
  •  a memória
  • o aprendizado. 

14.Exercício físico

O exercício físico é um dos principais fatores que influenciam o aumento da massa muscular, pois provoca estímulos mecânicos e metabólicos que ativam a síntese proteica e a hipertrofia muscular. 

O tipo de exercício físico mais indicado para o ganho de massa muscular é o treinamento de força ou resistido, que consiste em exercer uma força contra uma resistência externa, como pesos livres, máquinas ou o próprio peso corporal.

O treinamento de força pode ser realizado de diferentes formas, variando a intensidade, o volume, a frequência, a duração, o intervalo e a ordem dos exercícios. 

Essas variáveis devem ser ajustadas de acordo com o objetivo, o nível de condicionamento e as características individuais de cada pessoa. 

No entanto, alguns princípios gerais que devem ser seguidos para otimizar o ganho de massa muscular são:

  • Realizar exercícios que envolvam grandes grupos musculares e movimentos multiarticulares, como agachamentos, supinos, remadas e levantamentos;
  • Utilizar cargas elevadas que permitam realizar entre 6 a 12 repetições por série, com uma velocidade moderada e uma amplitude completa do movimento;
  • Realizar entre 3 a 6 séries por exercício, com um intervalo de 60 a 90 segundos entre as séries;
  • Treinar cada grupo muscular pelo menos duas vezes por semana, com um intervalo de 48 a 72 horas entre os treinos;
  • Variar os estímulos do treinamento periodicamente para evitar adaptações e platôs no ganho de massa muscular.

O exercício físico também pode aumentar a produção de hormônios anabólicos, como a testosterona, o GH e o IGF-1, que favorecem o aumento da massa muscular. 

Além disso, o exercício físico também pode melhorar a capilarização e a irrigação sanguínea dos músculos, facilitando a chegada de nutrientes e oxigênio e a remoção de resíduos metabólicos.

15.Alimentação 

A alimentação é outro fator essencial para o aumento da massa muscular, pois fornece os nutrientes necessários para a síntese proteica e a hipertrofia muscular. 

A alimentação deve ser equilibrada e adequada às necessidades energéticas e nutricionais de cada pessoa, levando em conta o tipo, a intensidade e a duração do exercício físico realizado.

Os principais nutrientes que devem ser consumidos para o ganho de massa muscular são:

  • Proteínas: são os componentes básicos dos músculos e são formadas por aminoácidos que participam da síntese proteica e da hipertrofia muscular.

  • Carboidratos: são os principais fornecedores de energia para o organismo e para os músculos durante o exercício físico.

  • Gorduras: são fontes de energia, especialmente para exercícios de longa duração e baixa intensidade.

Além dos macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras), os micronutrientes (vitaminas e minerais) também são importantes para o ganho de massa muscular, pois participam de diversas reações metabólicas envolvidas na síntese proteica e na hipertrofia muscular. 

Alguns exemplos de micronutrientes que devem ser consumidos para o ganho de massa muscular são:

  • Vitaminas do complexo B: atuam como coenzimas no metabolismo dos carboidratos, das proteínas e das gorduras, fornecendo energia para o organismo e para os músculos. As vitaminas do complexo B podem ser encontradas em alimentos como carnes, ovos, leite e derivados, cereais integrais, leguminosas e vegetais verdes;

  • Vitamina C: atua como antioxidante, combatendo os radicais livres que são produzidos durante o exercício físico e que podem causar danos às células musculares. A vitamina C também é necessária para a síntese de colágeno, uma proteína que dá sustentação aos tecidos do corpo, incluindo os músculos. A vitamina C pode ser encontrada em alimentos como frutas cítricas, kiwi, morango, acerola e vegetais verdes;

  • Vitamina D: atua na regulação da expressão gênica de várias proteínas envolvidas na síntese proteica e na hipertrofia muscular. A vitamina D também é importante para a absorção de cálcio e fósforo pelos ossos, prevenindo a osteoporose. A vitamina D pode ser obtida pela exposição solar ou por alimentos como peixes gordos, óleo de fígado de bacalhau e cogumelos;

  • Magnésio: atua como cofator em mais de 300 reações enzimáticas no organismo, incluindo as relacionadas à síntese proteica e à hipertrofia muscular. O magnésio também é importante para a contração muscular, a transmissão nervosa e o equilíbrio hidroeletrolítico. O magnésio pode ser encontrado em alimentos como cereais integrais, leguminosas, oleaginosas, sementes e vegetais verdes;

  • Zinco: atua como cofator em mais de 200 reações enzimáticas no organismo, incluindo as relacionadas à síntese proteica e à hipertrofia muscular. O zinco também é importante para a produção de testosterona e para o funcionamento do sistema imunológico. O zinco pode ser encontrado em alimentos como carnes vermelhas, frutos do mar, ovos e cereais integrais.

A alimentação deve ser fracionada em pelo menos cinco refeições ao dia (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), sendo que as refeições pré e pós-treino devem receber uma atenção especial. 

A refeição pré-treino deve fornecer energia suficiente para o exercício físico e evitar a fadiga muscular. Essa refeição deve conter carboidratos complexos (de baixo índice glicêmico) e proteínas magras (de alto valor biológico), sendo realizada cerca de uma hora antes do treino. 

Alguns exemplos de alimentos para a refeição pré-treino são:

  • Pão integral com queijo branco ou peito de peru;
  • Iogurte natural com granola ou aveia;
  • Batata-doce cozida com frango desfiado ou atum;
  • Omelete com espinafre ou brócolis;
  • Vitamina de leite ou iogurte com frutas e aveia.

A refeição pós-treino deve fornecer nutrientes para a recuperação e o crescimento muscular, evitando o catabolismo (degradação) muscular. Essa refeição deve conter carboidratos simples (de alto índice glicêmico) e proteínas magras (de alto valor biológico), sendo realizada logo após o treino ou até uma hora depois. 

Alguns exemplos de alimentos para a refeição pós-treino são:

  • Suco de frutas com whey protein ou proteína vegetal;
  • Leite com achocolatado ou maltodextrina;
  • Sanduíche de pão branco com queijo cottage ou ricota;
  • Banana com pasta de amendoim ou mel.

16.Suplementação

A suplementação é um recurso que pode ser utilizado para complementar a alimentação e o exercício físico, fornecendo nutrientes que podem favorecer o ganho de massa muscular. 

Ela deve ser indicada por um nutricionista ou um médico, de acordo com as necessidades e os objetivos de cada pessoa.

Os principais suplementos que podem ser utilizados para o ganho de massa muscular são:

  • Whey protein: é a proteína extraída do soro do leite, que possui alto valor biológico e rápida absorção. O whey protein pode ser consumido na refeição pós-treino ou em outros momentos do dia, para aumentar a ingestão de proteínas e favorecer a síntese proteica e a hipertrofia muscular;
  • Creatina: é um aminoácido que é produzido naturalmente pelo organismo e que está presente nas carnes vermelhas e nos peixes. A creatina pode ser consumida antes ou depois do treino, para aumentar a força, a potência e o rendimento físico, além de estimular a síntese proteica e a hipertrofia muscular;
  • Cafeína: é um estimulante do sistema nervoso central que pode aumentar o estado de alerta, a concentração, a motivação e o desempenho físico. A cafeína pode ser consumida cerca de 30 minutos antes do treino, para aumentar a resistência, a força e a potência muscular, além de favorecer a oxidação de gorduras e poupar o glicogênio muscular.

A suplementação deve ser feita com cautela e moderação, pois o excesso pode causar efeitos colaterais indesejados e prejudicar a saúde.

Além disso, a suplementação não substitui uma alimentação equilibrada e variada, nem um exercício físico adequado e regular.

17.Conclusão 

O aumento da massa muscular é um processo que envolve diversos fatores, como o exercício físico, a alimentação e a suplementação. 

O exercício físico mais indicado para o ganho de massa muscular é o treinamento de força ou resistido, que provoca estímulos mecânicos e metabólicos que ativam a síntese proteica e a hipertrofia muscular. 

A alimentação deve ser equilibrada e adequada às necessidades energéticas e nutricionais de cada pessoa, fornecendo os nutrientes necessários para a recuperação e o crescimento muscular. 

A suplementação pode ser um recurso que pode complementar a alimentação e o exercício físico, fornecendo nutrientes que podem favorecer o ganho de massa muscular.

O aumento da massa muscular também está relacionado com o aumento da produção de hormônios anabólicos, como a testosterona, o GH e o IGF-1, que são substâncias que estimulam o crescimento e a regeneração dos tecidos do corpo, especialmente dos músculos. 

O aumento da massa muscular pode trazer diversos benefícios para a saúde e para a qualidade de vida, como o aumento da força, da resistência, da densidade óssea, do metabolismo basal, da autoestima e da prevenção de doenças.

Para alcançar o aumento da massa muscular de forma saudável e eficaz, é importante seguir as orientações de um profissional de educação física e de um nutricionista ou médico, que podem prescrever um programa de treinamento e uma dieta adequados para cada pessoa. 

Além disso, é importante ter paciência e persistência, pois o aumento da massa muscular é um processo gradual e depende de vários fatores individuais.

Saiba mais em:

bing.com

tuasaude.com

gsuplementos.com.br

ge.globo.com

repositorio.ufmg.br

scielo.br

portalsaofrancisco.com.br

euperformance.com.br

brasilescola.uol.com.br

mundoboaforma.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *