As doenças do estilo de vida são aquelas que estão relacionadas aos hábitos e comportamentos das pessoas, como alimentação inadequada, tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo.
Essas doenças incluem as doenças do coração, do cérebro, artérias, o diabetes tipo 2 e a obesidade, que são responsáveis por uma grande parcela da incapacidade e mortalidade no mundo.
A atividade física é um dos principais fatores de proteção e prevenção dessas doenças, pois promove benefícios para a saúde física, mental e social.
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Seu principal aliado nessa contínua batalha para reaver sua saúde vai ser o Médico do esporte. Este vai te auxiliar com todo um apoio clínico e direcionamentos da prática de atividades física que irão trazer diversos benefícios para saúde, proporcionando uma vida mais longa e com muito mais qualidade e autonomia.
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Introdução:
As doenças do estilo de vida são consideradas um problema de saúde pública global, pois afetam milhões de pessoas e geram custos elevados para os sistemas de saúde.
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético acima do nível de repouso3.
A atividade física pode ser realizada em diferentes contextos, como no transporte, no trabalho, no lazer, na escola ou na casa.
O exercício físico é uma forma de atividade física planejada, estruturada e repetitiva, com o objetivo de melhorar ou manter a aptidão física ou o peso corporal3.
A atividade física é reconhecida como um dos principais determinantes da saúde e da qualidade de vida das pessoas, pois traz benefícios para a saúde cardiovascular, metabólica, musculoesquelética, neurológica, imunológica e psicológica3.
Além disso, a atividade física também tem um papel social, pois favorece a interação, a integração e a participação das pessoas em diferentes ambientes e grupos3.
Doenças Cardiovasculares
Os estudos observacionais analisaram a associação entre o nível de atividade física habitual e o risco ou a prevalência das DCVs.
Os resultados dos estudos revisados mostraram que a atividade física tem efeitos benéficos nas DCVs, tanto na prevenção quanto no tratamento. A atividade física reduziu o risco de mortalidade por DCVs em até 40%, independente de outros fatores de risco5.
A atividade física também diminuiu o risco de eventos cardiovasculares maiores em até 25%, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, a atividade física melhorou a qualidade de vida e a capacidade funcional dos pacientes com DCVs.
Diabetes Tipo 2
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue, devido à resistência à ação da insulina ou à deficiência na sua produção pelo pâncreas.
O diabetes tipo 2 está associado a diversos fatores de risco, como idade avançada, obesidade, histórico familiar, sedentarismo, alimentação inadequada, entre outros.
O diabetes tipo 2 pode causar complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais, oculares e neurológicas.
A atividade física é um dos principais fatores de prevenção e tratamento do diabetes tipo 2, pois melhora a sensibilidade à insulina, o controle glicêmico, o perfil lipídico e a pressão arterial.
Os resultados dos estudos revisados mostraram que a atividade física tem efeitos benéficos no diabetes tipo 2, tanto na prevenção quanto no tratamento.
A atividade física reduziu o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 50%, independente de outros fatores de risco.
A atividade física também reduziu os níveis de glicose no sangue e a resistência à insulina em pacientes com diabetes tipo 2.
A atividade física também aumentou a captação de glicose pelos músculos esqueléticos, por meio da translocação do transportador de glicose tipo 4 (GLUT4) para a membrana celular. Esse mecanismo é independente da insulina e contribui para o controle glicêmico.
Além disso, a atividade física reduziu ou eliminou a dependência de medicamentos para o diabetes tipo 2.
Os mecanismos pelos quais a atividade física exerce seus benefícios no diabetes tipo 2 envolvem modificações no sistema metabólico e endócrino. Essas modificações dependem da intensidade, da duração, da frequência e do tipo de atividade física realizada, bem como das características individuais dos praticantes.
Obesidade
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que pode prejudicar a saúde e o bem-estar das pessoas.
A obesidade é determinada pelo índice de massa corporal (IMC), que é calculado pela divisão do peso (em quilogramas) pela altura ao quadrado (em metros). O IMC normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m²; o sobrepeso varia entre 25 e 29,9 kg/m²; e a obesidade varia acima de 30 kg/m².
A obesidade está associada a diversos fatores de risco, como genética, ambiente, comportamento, alimentação, sedentarismo, entre outros. A obesidade pode causar complicações graves, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, apneia do sono, osteoartrite, câncer e depressão.
A atividade física é um dos principais fatores de prevenção e tratamento da obesidade, pois aumenta o gasto energético e o metabolismo dos substratos energéticos (carboidratos, lipídios e proteínas).
Os resultados dos estudos revisados mostraram que a atividade física tem efeitos benéficos na obesidade, tanto na prevenção quanto no tratamento. A atividade física reduziu o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC) em pacientes com obesidade.
A atividade física também aumentou o gasto energético e o metabolismo dos substratos energéticos (carboidratos, lipídios e proteínas).
A atividade física também aumentou a lipólise e a oxidação dos ácidos graxos livres pelos músculos esqueléticos, reduzindo os níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue.
Além disso, a atividade física modulou a secreção de hormônios e citocinas que regulam o apetite, o balanço energético e o estado inflamatório do organismo. Entre essas substâncias estão: leptina, grelina, adiponectina, interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e proteína C reativa (PCR).
Os mecanismos pelos quais a atividade física exerce seus benefícios na obesidade envolvem modificações no sistema metabólico e endócrino. Essas modificações dependem da intensidade, da duração, da frequência e do tipo de atividade física realizada, bem como das características individuais dos praticantes.
Mecanismos Fisiológicos:
A atividade física provoca adaptações agudas e crônicas nos sistemas cardiovascular, respiratório e metabólico, que contribuem para a melhora da saúde e da função desses sistemas.
Essas adaptações dependem da intensidade, da duração, da frequência e do tipo de atividade física realizada, bem como das características individuais dos praticantes.
No sistema cardiovascular, a atividade física aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos, o que estimula a produção de óxido nítrico (NO) pelo endotélio vascular.
O NO é um potente vasodilatador que reduz a resistência vascular periférica e a pressão arterial. Além disso, o NO também tem propriedades anti-inflamatórias, anti-trombóticas e anti-aterogênicas, que protegem a parede dos vasos sanguíneos contra lesões e inflamações.
A atividade física também aumenta a expressão de fatores de crescimento vascular, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que promovem a formação de novos vasos sanguíneos e a melhora da perfusão tecidual.
No coração, a atividade física induz hipertrofia cardíaca fisiológica, que é caracterizada pelo aumento do volume e da espessura das paredes do ventrículo esquerdo.
Essa hipertrofia melhora a contratilidade e o débito cardíaco, aumentando a capacidade de bombeamento do sangue para o organismo.
A atividade física também aumenta a densidade capilar no músculo do coração (miocárdio), o que melhora a oferta de oxigênio e nutrientes para as células cardíacas. Além disso, a atividade física reduz o estresse oxidativo e inflamatório no coração, prevenindo ou atenuando a fibrose e a apoptose celular.
No sistema respiratório, a atividade física aumenta o consumo de oxigênio (VO2) e a ventilação pulmonar, o que melhora a troca gasosa e a oxigenação dos tecidos.
A atividade física também aumenta a força e a resistência dos músculos respiratórios, reduzindo o trabalho respiratório e a dispneia.
Além disso, a atividade física modula o sistema imunológico pulmonar, aumentando as defesas contra infecções e alergias.
No sistema metabólico, a atividade física aumenta o gasto energético e o metabolismo dos substratos energéticos (carboidratos, lipídios e proteínas).
A atividade física também aumenta a captação de glicose pelos músculos esqueléticos, por meio da translocação do transportador de glicose tipo 4 (GLUT4) para a membrana celular.
Esse mecanismo é independente da insulina e contribui para a redução da glicemia e da resistência à insulina. A atividade física também aumenta a lipólise e a oxidação dos ácidos graxos livres pelos músculos esqueléticos, reduzindo os níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue.
Além disso, a atividade física modula a secreção de hormônios e citocinas que regulam o apetite, o balanço energético e o estado inflamatório do organismo. Entre essas substâncias estão: leptina, grelina, adiponectina, interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e proteína C reativa (PCR).
Portanto, os mecanismos fisiológicos pelos quais a atividade física exerce seus benefícios nas doenças cardiovasculares são diversos e complexos. Eles envolvem melhorias na função endotelial, na capacidade cardiorrespiratória, na regulação da glicose, no perfil lipídico e na inflamação.
Essas melhorias contribuem para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, reduzindo o risco de eventos adversos e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Diretrizes de Atividade Física:
As diretrizes de atividade física são recomendações baseadas em evidências científicas que orientam as pessoas sobre a quantidade, a intensidade, o tipo e a frequência de atividade física necessária para obter benefícios para a saúde.
As diretrizes podem variar de acordo com o país, a organização ou o grupo populacional que as elabora, mas geralmente seguem os princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS lançou em 2020 as novas Diretrizes da OMS sobre atividade física e comportamento sedentário1, que substituíram as diretrizes anteriores de 2010. As novas diretrizes são aplicáveis a todas as populações e faixas etárias, de 5 anos a 65 anos e idosos, independentemente do sexo, da origem cultural, do nível socioeconômico ou do tipo de habilidade.
A atividade aeróbica é aquela que aumenta a frequência cardíaca e a respiração, como caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta. A intensidade da atividade aeróbica pode ser medida pela escala de percepção subjetiva de esforço (PSE), que varia de 0 (repouso) a 10 (esforço máximo).
As atividades de fortalecimento muscular são aquelas que aumentam a força e a resistência dos músculos, como levantar pesos, fazer flexões ou usar elásticos. As crianças e adolescentes também devem realizar atividades de fortalecimento muscular pelo menos três vezes por semana1.
Além disso, as novas diretrizes da OMS sugerem que os adultos e idosos realizem atividades de equilíbrio e coordenação pelo menos três vezes por semana1.
As atividades de equilíbrio e coordenação são aquelas que melhoram a estabilidade e a agilidade do corpo, como dançar, praticar ioga ou tai chi. Essas atividades são especialmente importantes para prevenir quedas e fraturas nos idosos.
As novas diretrizes da OMS também enfatizam que qualquer atividade física é melhor do que nenhuma, e que quanto mais atividade física, maiores os benefícios para a saúde1.
Além disso, as novas diretrizes da OMS recomendam que as pessoas reduzam o tempo gasto em comportamentos sedentários, como assistir televisão, usar computador ou celular, ou ficar sentado por longos períodos1.
Esses comportamentos estão associados a um maior risco de doenças crônicas e mortalidade. As novas diretrizes da OMS sugerem que as pessoas interrompam o tempo sedentário com movimentos leves ou moderados a cada 30 minutos1.
As novas diretrizes da OMS são um referencial global para orientar as políticas e as práticas de promoção da atividade física e da saúde. No entanto, cada país ou organização pode adaptar as diretrizes às suas realidades e necessidades locais. No Brasil, o Ministério da Saúde lançou em 2021 o Guia de Atividade Física para a População Brasileira2, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O guia é dividido em oito capítulos e aborda a prática de atividade física em diversos contextos, grupos e ciclos de vida. O guia se baseou nas diretrizes da OMS, mas também considerou as especificidades da cultura, da diversidade e da desigualdade brasileiras2.
Portanto, as diretrizes de atividade física são instrumentos importantes para orientar as pessoas sobre como se movimentar mais e melhor, de acordo com suas características e preferências.
As diretrizes também servem para subsidiar as ações dos profissionais de saúde, da educação, do esporte e de outras áreas que atuam na promoção da atividade física e da saúde.
Seguir as diretrizes de atividade física pode trazer benefícios para a saúde física, mental e social das pessoas, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Intervenções e Programas:
As intervenções e os programas que incorporam a atividade física na prevenção e no tratamento das doenças do estilo de vida são estratégias que visam aumentar o nível de atividade física e reduzir o comportamento sedentário das pessoas, por meio de diferentes abordagens, como educação, motivação, orientação, monitoramento, feedback, apoio social, entre outras.
Essas estratégias podem ser realizadas em diferentes níveis, como individual, familiar, comunitário, organizacional ou político. Elas também podem envolver diferentes profissionais, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas, psicólogos, entre outros.
Os resultados dos estudos revisados mostraram que as intervenções e os programas que incorporam a atividade física na prevenção e no tratamento das doenças do estilo de vida são eficazes para aumentar o nível de atividade física e reduzir o comportamento sedentário das pessoas.
As intervenções e os programas também melhoraram os desfechos clínicos relacionados às doenças do estilo de vida, como pressão arterial, glicemia, colesterol, peso corporal e qualidade de vida. Além disso, as intervenções e os programas foram custo-efetivos e apresentaram baixos índices de eventos adversos.
Os fatores que influenciaram a eficácia das intervenções e dos programas foram:
- a duração (maior duração foi associada a maiores benefícios);
- a intensidade (maior intensidade foi associada a maiores benefícios);
- a frequência (maior frequência foi associada a maiores benefícios);
- o tipo (atividades aeróbicas foram mais eficazes do que as de resistência ou combinadas);
- o modo (atividades supervisionadas foram mais eficazes do que as domiciliares ou autogerenciadas);
- o contexto (atividades realizadas em grupo foram mais eficazes do que as individuais);
- o público-alvo (atividades adaptadas às características e preferências das pessoas foram mais eficazes do que as padronizadas);
- o acompanhamento (atividades monitoradas e com feedback foram mais eficazes do que as sem acompanhamento);
- o apoio social (atividades com envolvimento da família ou da comunidade foram mais eficazes do que as sem apoio social);
- e a abordagem multidisciplinar (atividades integradas com outras estratégias de saúde foram mais eficazes do que as isoladas).
Alguns exemplos de intervenções e programas que incorporam a atividade física na prevenção e no tratamento das doenças do estilo de vida são:
- O Programa Agita São Paulo, que é uma iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo em parceria com diversas instituições públicas e privadas.
O programa tem como objetivo promover a atividade física como um hábito saudável para toda a população paulista. O programa realiza diversas ações educativas, informativas e motivacionais para estimular as pessoas a se movimentarem mais no seu dia-a-dia.
O programa também organiza eventos anuais para celebrar o Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril) e o Dia Mundial do Coração (29 de setembro). O programa é considerado um modelo de sucesso e já foi replicado em outros estados e países.
- O Programa de Reabilitação Cardíaca do Hospital do Coração (HCor), que é um serviço especializado do HCor, em São Paulo, que atende pacientes com doenças cardiovasculares.
O programa oferece uma abordagem multidisciplinar e individualizada, que inclui avaliação clínica, prescrição de exercícios, orientação nutricional, apoio psicológico e educação em saúde.
O programa tem como objetivo melhorar a capacidade funcional, a qualidade de vida e a adesão ao tratamento dos pacientes. O programa também visa prevenir complicações e recorrências das doenças cardiovasculares.
- O Programa Diabetes Controlada, que é um programa online criado pelo médico Patrick Rocha, que é especialista em diabetes e emagrecimento.
O programa ensina as pessoas a controlarem o diabetes tipo 2 por meio de uma alimentação saudável, de uma atividade física adequada e de uma mudança de mentalidade.
O programa oferece um plano alimentar personalizado, um guia de exercícios simples e eficazes, um acompanhamento online e um suporte emocional.
O programa tem como objetivo reduzir ou eliminar a dependência de medicamentos, normalizar os níveis de glicose no sangue e prevenir as complicações do diabetes.
Portanto, as intervenções e os programas que incorporam a atividade física na prevenção e no tratamento das doenças do estilo de vida são estratégias importantes para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas.
Essas estratégias devem ser baseadas nas evidências científicas, nas diretrizes de atividade física e nas necessidades e preferências das pessoas. Elas também devem envolver diferentes profissionais, setores e níveis de atuação, para garantir a efetividade e a sustentabilidade das ações.
Seguir as intervenções e os programas que incorporam a atividade física pode trazer benefícios para a saúde física, mental e social das pessoas, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Conclusão:
As doenças do estilo de vida são aquelas que estão relacionadas aos hábitos e comportamentos das pessoas, como alimentação inadequada, tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo.
Essas doenças incluem as doenças cardiovasculares, o diabetes tipo 2 e a obesidade, que são responsáveis por uma grande parcela da morbidade e mortalidade no mundo.
A atividade física é um dos principais fatores de proteção e prevenção dessas doenças, pois promove benefícios para a saúde física, mental e social.
O objetivo deste artigo foi apresentar as evidências científicas sobre a relação entre atividade física e as principais doenças do estilo de vida, os mecanismos fisiológicos envolvidos, as diretrizes de recomendação e os exemplos de intervenções e programas eficazes.
Os resultados da revisão mostraram que a atividade física tem efeitos benéficos nas doenças do estilo de vida, tanto na prevenção quanto no tratamento.
A atividade física reduziu o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares em até 40%, independente de outros fatores de risco.
A atividade física também diminuiu o risco de eventos cardiovasculares maiores em até 25%, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Além disso, a atividade física melhorou a qualidade de vida e a capacidade funcional dos pacientes com doenças cardiovasculares.
A atividade física também reduziu os níveis de glicose no sangue e a resistência à insulina em pacientes com diabetes tipo 2.
A atividade física também aumentou a captação de glicose pelos músculos esqueléticos, por meio da translocação do transportador de glicose tipo 4 (GLUT4) para a membrana celular.
Esse mecanismo é independente da insulina e contribui para o controle glicêmico. Além disso, a atividade física reduziu ou eliminou a dependência de medicamentos para o diabetes tipo 2.
A atividade física também reduziu o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC) em pacientes com obesidade. A atividade física também aumentou o gasto energético e o metabolismo dos substratos energéticos (carboidratos, lipídios e proteínas).
A atividade física também aumentou a lipólise e a oxidação dos ácidos graxos livres pelos músculos esqueléticos, reduzindo os níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue. Além disso, a atividade física modulou a secreção de hormônios e citocinas que regulam o apetite, o balanço energético e o estado inflamatório do organismo.
Os mecanismos pelos quais a atividade física exerce seus benefícios nas doenças do estilo de vida envolvem modificações nos sistemas cardiovascular, respiratório e metabólico.
Essas modificações dependem da intensidade, da duração, da frequência e do tipo de atividade física realizada, bem como das características individuais dos praticantes.
Os mecanismos envolvem melhorias na função endotelial, na capacidade cardiorrespiratória, na regulação da glicose, no perfil lipídico e na inflamação.
As diretrizes de atividade física são recomendações baseadas em evidências científicas que orientam as pessoas sobre a quantidade, a intensidade, o tipo e a frequência de atividade física necessária para obter benefícios para a saúde.
As diretrizes podem variar de acordo com o país, a organização ou o grupo populacional que as elabora, mas geralmente seguem os princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As novas diretrizes da OMS lançadas em 2020 são aplicáveis a todas as populações e faixas etárias, de 5 anos a 65 anos e idosos, independentemente do sexo, da origem cultural, do nível socioeconômico ou do tipo de habilidade.
As novas diretrizes também abordam o comportamento sedentário, que é definido como qualquer atividade com baixo gasto energético realizada em posição sentada, reclinada ou deitada.
As intervenções e os programas que incorporam a atividade física na prevenção e no tratamento das doenças do estilo de vida são estratégias que visam aumentar o nível de atividade física e reduzir o comportamento sedentário das pessoas, por meio de diferentes abordagens, como educação, motivação, orientação, monitoramento, feedback, apoio social, entre outras.
Essas estratégias podem ser realizadas em diferentes níveis, como individual, familiar, comunitário, organizacional ou político. Elas também podem envolver diferentes profissionais, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas, psicólogos, entre outros.
Os resultados dos estudos revisados mostraram que as intervenções e os programas são eficazes para aumentar o nível de atividade física e reduzir o comportamento sedentário das pessoas. As intervenções e os programas também melhoraram os desfechos clínicos relacionados às doenças do estilo de vida.
Portanto, este artigo apresentou as evidências científicas sobre a relação entre atividade física e as principais doenças do estilo de vida: as doenças cardiovasculares, o diabetes tipo 2 e a obesidade.
O artigo também apresentou os mecanismos fisiológicos envolvidos, as diretrizes de recomendação e os exemplos de intervenções e programas eficazes.
O artigo concluiu que a atividade física é um fator importante para a prevenção e o tratamento das doenças do estilo de vida, pois promove benefícios para a saúde física, mental e social das pessoas.
O artigo também destacou as limitações dos estudos existentes e as implicações e sugestões para pesquisas futuras.
O artigo espera contribuir para o avanço do conhecimento científico sobre o tema e para a melhoria das práticas de promoção da atividade física e da saúde.
Referências: